domingo, 28 de novembro de 2010

As memorias de um eis combatente No 15

Noutra ocasião agora na parte norte do Mecíto.

É feita a abertura da linha o primeiro comboio vindo de Mutarara chega, e passado algum tempo sai do Mecíto, poucos minutos depois ouve-se um rebentamento.
Sem perguntar porquê lá vamos nos na zorra para ver o que se passa.
Uma mina na linha que não tinha sido detectada foi accionada á distância.
Esta acidente foi bastante grave, derivado á velocidade da composição o estrago torna-se muito maior.
(Todas as composições eram propulcionadas por duas locomotivas a vapor uma a seguir á outra na frente do comboio, mesmo assim na frente das locomotivas ainda havia dois vagões abertos carregados de sacos de areia).
Quando chegamos ao local a primeira máquina tinha sido atingida em cheio.
O maquinista da primeira maquina ficou preso, pelo embate da Segunda maquina sem possibilidades de escapa, morrendo ali queimado pelo vapor. O da segunda maquina quando chegamos estava deitado no capim com um pé preso so pela pele.

Estes dois maquinistas tinha chegado de Portugal uma semana antes.

1 comentário:

  1. Tristes acontecimentos, que infelizmente aconteceram, os quais ainda hoje nos fazem arrepiar só de pensar neles. Alguns ainda bem presentes nas memórias de quem os viveu e presenciou, ao longo da comissão, que por vezes se transformava num inferno.

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Cancioneiro do Niassa Velhas picadas esburacadas Capim cerrado E o calor, sinto o suor Corpo cansado Moscas mosquitos Bichos esquisitos Ai é...