domingo, 1 de agosto de 2010

As memorias de um eis combatente No 3

Aqui realmente comeca o que é ser um Fuzileiro Especial
Os homens creio, mais bem treinados para este tipo de guerra em África, não por eu ter sido um deles, mas por aquilo que vou narrar e trazer até vós a partir de agora.

Eu gostaria que a partir daqui as pessoas que por acaso, ou por curiosidade vierem a ler estas memórias se não sintam chocados por uma ou outra razão, que ninguém se sinta ofendido mediante a realidade dos factos e daquilo que muitos dos nossos veteranos de guerra passaram, não só em África durante o tempo de guerra e em comissão, mas também em Portugal durante o tempo de instrução.

Para todos aqueles que não poderão ler porque já não se encontram entre nós, por duas razões ou porque perderam a vida em África em combate entre 1961 e 1975 ou por outros motivos, em Portugal, e através dos anos por doença ou qualquer outro caso que não vale a pena mencionar, para todos aqueles que por estas mesmas situações também passaram, mas que por uma ou outra razão esqueceram e não quiseram perder uns minutos a escrever e publicar as suas memórias, ou mesmo escrever um livro no melhor dos casos.

Eu meus amigos, camaradas e filhos da escola, depois de todos estes anos, não só amigos que me pediram e depois de ouvirem algumas das minhas historias; para escrever. Posso dizer que já tinha começado a escrever alguns anos atrás, mas em princípio parei, por falta de inspiração ou incentivo. O princípio estava escrito, mas agora creio que vamos ir até ao fim.

2 comentários:

  1. Força. Muita força.
    Parar é morrer.
    Um país sem história é um país sem rumo.
    A melhor forma de incentivar, não é citar exemplos mas a única.~
    Ninguem deve nem pode se melindrar por relatos históricos verdadeiros.
    Vamos a descarregar o saco.
    Pela experiência sei que todos os testemunhos são fundamentais e importantissimos para a conclusão da história, e que os vindouros saibam que houve uma guerra e que os seus antepassados estiveram envolvidos nela cumprindo uma tarefa ao serviço da Pátria Portuguesa.

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  2. Grande João!
    Assim é que é, dá-lhe forte e feio e mostra a essa gente a têmpera dum Luso-Canadiano, que ainda vive na pele as aventuras dos tempos das operações dos Fuzileiros Aventureiros em terras do Gungunhana! Continua que a malta gosta e o Luís não se vai zangar contigo com certeza.
    Um abraço!

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Cancioneiro do Niassa Velhas picadas esburacadas Capim cerrado E o calor, sinto o suor Corpo cansado Moscas mosquitos Bichos esquisitos Ai é...